sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Srs. Pais, Responsáveis, Alunos, Irmãs, Funcionários e Professores do Colégio Nossa Senhora de Lourdes

Por tudo dai graças...

    Estamos chegando a mais um fim de ano. No término de nossas atividades escolares as palavras que devem ecoar dentro de nós são: gratidão, avaliação e planejamento. Gratidão a Deus pelo dom do trabalho e por sua diária providência que nos proporcionou crescimento e a chance de nos amarmos um pouco mais. Gratidão àqueles que estiveram ao nosso lado, abraçando conosco este projeto de educação. Gratidão a cada família que acreditou em nosso Colégio e com ele se irmanou, auxiliando na melhoria da qualidade do ensino, sendo o suporte necessário para que nosso trabalho de colaboração no processo formativo de seus filhos acontecesse.
    Contudo, é momento de avaliarmos nossas atitudes, resultados e processos.  Reforçarmos o que deu certo e corrigirmos o que deixou a desejar, uma vez que, apesar de sermos propensos ao erro – por sermos humanos – queremos acertar sempre, visando um pleno desenvolvimento de cada pessoa envolvida nessa comunidade escolar.
    Entretanto, acredito que a melhor forma de fecharmos este ciclo de trabalho é dispormo-nos a um novo planejamento, visando excelência no ensino, eficiência na aprendizagem, otimização de nossas relações e uma formação humana cada vez mais fundamentada nos valores cristãos.
    Queremos no próximo ano aprimorar ainda mais nossos instrumentos de comunicação e interação, fortalecer os projetos pedagógicos que realizamos com muito sucesso e introduzir outros que tornem nossas aulas ainda mais produtivas, desenvolvendo em nossos alunos o senso de pesquisa, a capacidade leitora e o raciocínio lógico. Por meio dessas três vertentes, com certeza desenvolveremos habilidades e competências necessárias para a resolução de problemas acadêmicos e sociais.
    Por fim, quero ressaltar nossa disponibilidade em ouvi-los e aprofundarmos essa parceria sólida que praticamos ao longo de mais esse ano. Tenho certeza de que 2011 será uma ano ainda melhor, uma vez que 2010 nos proporcionou importantes aprimoramentos e inserções tecnológicas de ensino e aprendizagem que nos impulsionaram rumo a uma dinamicidade diferente na vida de nosso Colégio. Com este olhar para o futuro, espero que todos comunguem de nossa alegria. Queremos cantar juntos, inspirados pelo Apóstolo Paulo: “Por tudo dai graças, por tudo dai graças, por tudo dai graças, dai graças!”
    Faltando-me palavras para expressar toda a gratidão e alegria que sentimos, desejo a todos um Natal abençoado e verdadeiro: não aquele de glutonarias e bebedeiras, mas de paz, partilha, unidade, oração, crescimento e amor... muito amor.
    “Nasça Jesus, te pedimos, no seio de nossas famílias, a fim de que como Maria, sua mãe e nossa, possamos gerar-te ao mundo, tornando-o um lugar melhor de se viver, onde Vosso Reino – que também é nosso – se instaure definitivamente. Unidos num só coração, te pedimos: Vem, Senhor Jesus!”
    Em nome de toda a Equipe Lourdina, desejo a todos um Feliz Natal e um Ano Novo iluminado.


Lucas dos Santos Carvalho
Coord. EFII e EM

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Queridos alunos e familiares

O horário de provas abaixo postado já está com as devidas alterações nas turmas de 5ª a 8ª séries. Atenção!
----------------------------------------------------------------------------
Já se encontra em nossa área restrita de downloads os programas de recuperação do 4º bimestre. Tomem conhecimento e comecem seus trabalhos. Os professores estão totalmente disponíveis para colaborarem com o seu aprendizado e desenvolvimento.
------------------------------------------------------------------------------
Bom trabalho a todos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

"A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbem o trabalho até aos 16 anos, salvo na condição de aprendiz aos 14”. (leia na íntegra)

Analisando esse artigo da Constituição e após a leitura do livro “Serafina e a Criança que trabalha”, os alunos da 5ª série / 6º ano, orientados pela equipe de Linguagens Códigos e suas Tecnologias, apresentaram um trabalho mostrando muitas atividades praticadas por crianças que consomem seu futuro nas jornadas de trabalho.

Baseado na busca do aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento critico, além de proporcionar condições para o pleno desenvolvimento da pessoa e preparo para o exercício da cidadania por meio de uma educação dinâmica e participativa, os alunos puderam refletir e dar mais valor à oportunidade que têm de estudar e chegaram à conclusão que se a educação é um direito de todos precisamos lutar para que ela seja estendida de fato e com qualidade para que, todas as crianças possam desenvolver habilidades mínimas, senso crítico, visão de mundo e se prepararem para a cidadania plena, como eles estão sendo preparados.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Por que acreditamos na aprendizagem significativa a partir da ludicidade?

Fundamentação teórica para projetos lúdicos e interdisciplinares
 
O “MIRAR” PSICOPEDAGÓGICO: RESSIGNIFICANDO OS VALORES DO PROFESSOR, DESPERTANDO 
”O HUMANO DO HUMANO”

Maria Dolores Fortes Alves, Nádia Bossa

A relação do adulto com o jovem ou criança, tem grande influência no desenvolvimento cognitivo e afetivo-emocional, especialmente quando este adulto ocupa um lugar de poder, como é o caso da relação professor/aluno. A qualidade desta relação irá influenciar de forma positiva ou negativa o processo de ensino-aprendizagem, bem como as vivências pessoais que se constituirão nas bases da identidade social desse jovem em formação. Acreditamos que para superar esse vicio, que decorre da nossa cultura, sejam imprescindíveis o autoconhecimento e a re-significação dos valores do professor que se faz educador, que se faz autor e que tem o desejo de suscitar a autoria do educando. Segundo Morin (2002) através do amor podemos escapar da morte da humanidade, do homo ludus, poesis... É, na solidariedade do amor que se torna possível uma relação cordial com o outro. Pela simpatia e projeção/identificação com o outro que é possível a compreensão. A força do amor humano alimenta todas as fontes imaginárias e enche a vida real da poesia. O ser humano não vive só de pão, vive de amor e poesia. Vive de união, cooperação, flores, sorrisos. O estado poético do amor nos dá a esperança de superar os nossos próprios limites, de sermos capazes de comungar com que está além de nós. O educador que compreende qual é o sentido, o sentir, que valores como solidariedade, fraternidade, confiança, respeito e amor têm, germinará a possibilidade de despertamos para a consciência da humanidade da humanidade.

A relação do adulto com o jovem ou criança, tem grande influência no desenvolvimento cognitivo e afetivo-emocional, especialmente quando este adulto ocupa um lugar de poder, como é o caso da relação professor/aluno. A qualidade desta relação irá influenciar de forma positiva ou negativa o processo de ensino-aprendizagem, bem como as vivências pessoais que se constituirão nas bases da identidade social desse jovem em formação.

“O educador olha e interage com o homem - que pode ser seu aluno - em seu contexto, na sua diversidade, em seu devir. O professor vê seus alunos em sua disciplina. O educador é movido por sua vocação no seu campo de trabalho, na vida, enquanto o professor atua somente em sua profissão, mas que também não pode se escusar de atuar com a ética, a sinceridade e amor”. (Freitas, 2000: 33).

A esse respeito o mesmo autor nos afirma que na maior parte do tempo, nós professores:

“Educamos: para norma, e não para o amor; para a regulação das prisões, e não para o respeito à liberdade; para a apatia, impotência e conformidade, e não, para a autonomia, auto-estima e a necessidade de sonhar. Resultado: sofremos com tanta segregação, racismo, solidão, conflitos”.  (2000: 28)

Acreditamos que para superar esse vicio, que decorre da nossa cultura, sejam imprescindíveis o autoconhecimento e a re-significação dos valores do professor que se faz educador, que se faz autor e que tem o desejo de suscitar a autoria do educando.

Re-significando valores, construindo novos caminhos.

Con-fiar...

Um dos elementos constituintes de uma boa relação educador/educando é o valor “confiança” que vem do verbo confiar, fiar-com. Quem confia com o outro fia, tece os caminhos da teia da vida. A vida humana se faz em teia. Somente construindo fios e pontes que nos unem ao outro podemos sair do nosso próprio casulo, do saber que nada se sabe só, que criam nós e caminhos que não levam a lugar nenhum.

Confiar é verbo. Um verbo que só se faz ação quando ao outro eu dou a mão.

Quem confia acolhe, traz o outro para si e juntos significam os caminhos da vida.

Ninguém aprende aquilo que não apreende, aquilo que não acolhe. Apreende-se aquilo se que colhe e traz para si. Eu aprendo aquilo que apreendi em mim, aquilo que colhi, signifiquei e em mim, acolhi.

Para aprender e apreender precisa-se colher e acolher. Mas, para o acolhimento precisa-se confiança... con-fiar. E, para confiar é preciso acolher. Despir-se dos medos dos espinhos, colher e acolher as rosas...

Pelo acolhimento, juntos, professor e aluno unidos por laços de confiança e respeito, solidarizam-se através do amor fraterno e tecem os caminhos que levam ao bem maior da vida: o conhecimento. Assim,

Para confiar é preciso respeitar...

Respeitar...

Respeitar é retomar a nossa raiz. Quem respeita sente-se como parte do todo. Respeita a si mesmo porque compreende que contém o todo em si e ao todo pertence. É um ser raiz do universo. O que lhe atinge ao todo atinge.

O educador que respeita permite a seu aluno apropriar-se de um conhecimento e fortalecer seu ego na medida em que constitui uma personalidade mais segura e responsável. Assim, esta criança domina a realidade, torna-se sujeito desta realidade, compõe sua autoria, Pain (1996).

Quando o professor aprender a respeitar e a respeitar-se, alargando seu olhar e adquirindo consciência dos próprios pré-conceitos, será possível conceber sua própria autoria e promover no seu aluno a possibilidade de ter seus próprios pensamentos.

Para respeitar é preciso desprendimento e acordar para um mundo que não existe somente em mim, mas traz para mim o significado de minha singularidade pela solidariedade...

Solidarizar...

Solidarizar... é aquecer o outro com o olhar do seu coração. Solidarizar é ter os mesmos sonhos e valores universais que criam a possibilidade de “co-munhão”. Ao compartilhar os mesmos sonhos descobrimo-nos irmãos através da fraternidade do amor.

Solidarizar é tornar sólido. Quando solidarizamo-nos tornamo-nos consistentes, unimos forças, fiamos caminhos. Encontra-se sentido em sentir-se como parte do todo. Pela solidariedade retornamos a nossa essência, tornamo-nos essência, religamo-nos ao todo, à teia da vida.

Não se ensina ou se ordena o outro a ser solidário. Somente se pode fazer brotar e crescer as sementes da solidariedade pelo compartilhar, pelo partilhar com o outro os sentimentos que estão contidos na morada de nossa alma: o coração.

A solidariedade nos torna humanos. O olhar do outro outorga nossa própria identidade humana e assim, reconhecemos nossa essência, o nosso valor.

“A solidariedade é a forma visível do amor. Pela magia do sentimento de solidariedade o meu corpo passa a ser morada do outro. É assim que acontece a bondade”. (Alves, 2000:207).

O contrário da solidariedade é a solidão. Deixamo-nos sozinhos em nosso próprio mundo porque as pontes que construímos não foram solidificadas e desmoronaram-se no egoísmo de sonhos não compartilhados...não realizados. Tornamos nosso mundo vazio.

Um sonho sonhado sozinho é apenas um sonho, mas um sonho solidarizado, compartilhado, acreditado, é um sonho realizado.

Pela solidariedade unimos forças, continuamos gestando nossos sonhos, voando... crescendo, dividindo e multiplicando, parindo nossa autoria e a autoria de quem acolhemos. Juntos tecemos pelos caminhos de amor fraterno...

Fraternizar...

Con-fraternizar é ligar-se ao outro por laços de amor. Fraternidade é compreendermos nossa necessidade vital de estamos abraçados uns aos outros para podermos alçar vôo. Pela fraternidade temos a compreensão que somos todos irmãos, pertencemos a uma só raça: a raça humana.
 
Compreender...

Preender-com. Quem compreende prende o outro em si. Percebe o outro como parte de si próprio. Compreender é transcender o olhar para além do que se olha.

Quem fraternalmente, amorosamente compreende, gesta o saber: A ciência que nasce do amor, que vem do ”mais dentro”, que vem da alma que ama.

Morin, em sua sapiência octogenária nos ensina que é necessário a autocompreensão pelo autoconhecimento. Podemos pela compreensão: na simpatia, na amizade, no amor, introduzir e integrar o outro em nosso eu. Na intersubjetividade, produze-se a convivência com a possibilidade de compreensão que permite reconhecer o outro como outro sujeito e senti-lo, eventualmente, no amor, Morin (2002).

Precisamos olhar o outro, do olhar do outro... para recriarmos a compreensão de nossa individualidade, identidade, singularidade, humanidade...Pelos caminhos do amor...

Amar...

Neste momento atual da contemporaneidade, diante de tantos conflitos, desordens e destruições, não podemos mais sonhar com um paraíso na terra. Temos sim, a possibilidade de esperarmos...

“(...) um mundo menos terrível, menos cruel, podemos esperar uma humanização, podemos humanizar e civilizar nossa Terra.

Tudo isso pressupõe, ainda, a religação. Ela é uma necessidade vital para o pensamento, para o desabrochar dos seres humanos, que precisam de amizade e de amor e que, sem isso, definham e se amarguram “. (Morin, 2003:53)”.

Morin (2002) profere que através do amor podemos escapar da morte. Não da morte do corpo, mas da morte da humanidade, do homo ludus, poesis... É, na solidariedade do amor que se torna possível uma relação cordial com o outro. Pela simpatia e projeção/identificação com o outro que é possível a compreensão. A força do amor humano alimenta todas as fontes imaginárias e enche a vida real da poesia. O amor traz a consistência da sabedoria e da loucura, faz-nos sustentar o destino, faz-nos amar a vida. O ser humano não vive só de pão, vive de amor e poesia. Vive de união, cooperação, flores, sorrisos. O estado poético do amor nos dá a esperança de superar os nossos próprios limites, de sermos capazes de comungar com que está além de nós.

“Sem o amor tudo nos seria indiferente-inclusive a ciência. Não teríamos sentido nem direção, não teríamos prioridades (....) mas a vida, toda ela, é feita com decisões e direções - de valores- (grifo nosso). Essas direções de decisões são determinadas pela relação amorosa com os objetos.” (Alves, 2000:113)  

O saber engravidado pelo prazer de compreender, colher, acolher, confraterniza os frutos dos conhecimentos que fiamos juntos por gestos solidários de amor, faz parir nossa autoria, traz mais vida para a vida.

O amor vem de uma inacreditável força da vida que transfigura a vida.

O amor liga-nos ao outro restituindo a nós mesmos. (Morin, 2003).

A cor e o valor do mundo depende do nosso olhar e de nosso amar...

O mundo ao meu redor são luzes dos meus pensamentos, de minha autoria...

O educador que compreende qual é o sentido, o sentir, que valores como solidariedade, fraternidade, confiança, respeito e amor têm, germinará a possibilidade de despertamos para a consciência da humanidade da humanidade. Então, fiaremos juntos uma nova ciência com consciência, encontraremos nossa identidade humana.

“Os homens não têm de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!” (Exupéry, 70).

Assim, vamos ensinar pelos caminhos do amor. Cativar nossos alunos para vejam o que é essencial: a essência humana, o valor da vida. A vida com valor: a vida vivida com amor!

Fonte: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=804Acessado em 22.10.10.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Foi um sucesso!
 
No dia 07 de outubro aconteceu no Colégio Nossa Senhora de Lourdes mais um evento com a qualidade superior de nossos projetos, o SARAU LÍTERO-MUSICAL. Com o tema “Romantismo, os românticos estão à solta”, alunos do 2º ano do Ensino Médio (organizadores), orientados pelas professoras da área cognitiva “Linguagens, códigos e suas tecnologias”, movimentaram alunos de outras séries, bem como familiares e empresas de nossa cidade, num momento riquíssimo de cultura e arte.
    
Com teatro, declamações, vídeos, músicas e um delicioso chá, o SARAU retratou obras de clássicos escritores do Romantismo como Gonçalves Dias e Álvares de Azevedo, mas o mais interessante foi a ponte estabelecida entre o Estilo de Época e as várias expressões artísticas de nosso tempo. Nesta hora os alunos se esbaldaram em talento apresentando suas aptidões o que muito emocionou todos os presentes.
    
Com isso, inúmeras competências e habilidades foram desenvolvidas, estabelecendo ainda mais o caráter interdisciplinar de nosso trabalho.
    
Colégio Nossa Senhora de Lourdes: onde a aprendizagem tem significado.



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Projeto Torneio de Matemática 2010


O torneio de matemática do Lourdes, no seu terceiro ano consecutivo, traz no ano de 2010 uma forma avaliativa diferenciada: além de buscarmos resultados concretos baseados na prática do raciocínio e na solução de problemas, proporcionamos um aprimoramento apoiado na disciplina de ciências a qual tem a matemática como ferramenta básica para a criação, diferenciação e solução das propostas de trabalho.

A primeira etapa desenvolvida no primeiro semestre, constou de questões de raciocínio lógico, próprias de desafios matemáticos, também trabalhados em sala de aula. 
A segunda etapa, inovadora, contou com a associação da disciplina de ciências: alunos da quinta e sexta série desenvolveram projetos arquitetônicos e paisagísticos, trabalhando escalas, razões, geometria, procurando nas ciências formas sustentáveis baseadas na ecologia para plantio de árvores, canteiros e jardins.

As turmas de sétima e oitava série desenvolveram projetos de engenharia na construção de pontes de palitos de picolé, trabalhando conceitos de geometria, como ângulos e relações de triângulo, associados aos conhecimentos de ciências (Física), como força, pressão, trabalho e potência, conferindo testes de resistência das pontes.

As avaliações dos projetos paisagísticos ficaram a cargo de votação dos demais alunos do colégio. Já o teste de resistência das pontes foi a atração mais esperada, pois cada ponte era aferida quanto à sua resistência, avaliando a precisão das construções.

A terceira etapa será em novembro quando os alunos finalizarão seus trabalhos e testes de conhecimentos em uma prova final com problemas de raciocínio, envolvendo questões matemáticas abordadas na física.

A proposta futura dos torneios de matemática será de apoiarmos os conhecimentos matemáticos nas demais disciplinas do conteúdo curricular do ensino fundamental, fortalecendo a dimensão lógico-formal e, acima de tudo, solidificar a base de conhecimentos gerais de cada aluno e sua bagagem de informações necessárias para um bom aproveitamento no Ensino Médio e exigências do ENEM, além de desmistificar a idéia errônea da dificuldade das disciplinas exatas.

Prof. Rodrigo Pádua – Matemática, 5ª e 6ª séries e Ciências, 8ª série
Prof. Helton Teixeira – Matemática e Geometria, 7ª e 8ª séries 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Colégio Nossa Senhora de Lourdes realiza com todo o Ensino Médio mais um 
Simulado Preparatório PAS/UFLA e ENEM.

Seguindo os mesmos moldes dessas duas importantes avaliações, procuramos oferecer capacitação técnica e revisão dos conteúdos para os nossos alunos, a fim de que continuem se destacando nas Universidades e no mercado de trabalho em geral.
  
Colégio Nossa Senhora de Lourdes: formação para a vida toda.


quarta-feira, 29 de setembro de 2010


"A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original"

Albert Einstein

terça-feira, 21 de setembro de 2010

CRISTÃOS CATÓLICOS OU EVANGÉLICOS, ATENÇÃO!

ELEIÇÕES 2010: É HORA DE ABRIRMOS OS NOSSOS OLHOS. ASSISTAM O VÍDEO ABAIXO E VOTEM CONSCIENTEMENTE.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

CNSL, 110 anos de amor e serviço à infância e juventude de Lavras e região.

"Jeito Piedade de Educar"
Conheça a nossa história e encante-se!
Clique na imagem abaixo. 

Queridos alunos do Ensino Médio, especialmente do 3º EM



Listo vários links de aulas preparatórias para o ENEM encontrados no site http://www-job-video-br.blogspot.com/. 
Cole-os em seu navegador, baixem-nas e estudem muito.






Biologia
 
http://rapidshare.com/files/408177108/EnemBiologia1.flv

http://rapidshare.com/files/408069460/EnemBiologia2.flv

http://rapidshare.com/files/408066190/EnemBiologia3.flv

http://rapidshare.com/files/408068813/EnemBiologia4.flv

http://rapidshare.com/files/408177132/EnemBiologia5.flv

Física

http://rapidshare.com/files/408192135/EnemFisica1.flv

http://rapidshare.com/files/408192140/EnemFisica2.flv

http://rapidshare.com/files/408192138/EnemFisica3.flv

http://rapidshare.com/files/408192133/EnemFisica4.flv

http://rapidshare.com/files/408192139/EnemFisica5.flv

Geografia

http://rapidshare.com/files/408214081/EnemGeografia1.flv

http://rapidshare.com/files/408214082/EnemGeografia2.flv

http://rapidshare.com/files/408214086/EnemGeografia3.flv

http://rapidshare.com/files/408214092/EnemGeografia4.flv

História

http://rapidshare.com/files/408233032/EnemHistoria1.flv

http://rapidshare.com/files/408233192/EnemHistoria2.flv

http://rapidshare.com/files/408233485/EnemHistoria3.flv

http://rapidshare.com/files/408233328/EnemHistoria4.flv

http://rapidshare.com/files/408234264/EnemHistoria5.flv

http://rapidshare.com/files/408257689/EnemHistoria6.flv

Matemática

http://rapidshare.com/files/408385106/EnemMatematica1.flv

http://rapidshare.com/files/408385102/EnemMatematica2.flv

http://rapidshare.com/files/408385109/EnemMatematica3.flv

http://rapidshare.com/files/408385103/EnemMatematica4.flv

http://rapidshare.com/files/408385112/EnemMatematica5.flv

http://rapidshare.com/files/408400297/EnemMatematica6.flv

http://rapidshare.com/files/408410152/EnemMatematica7.flv

Português

http://rapidshare.com/files/408413112/EnemPortugues1.flv

http://rapidshare.com/files/408413107/EnemPortugues2.flv

http://rapidshare.com/files/408413675/EnemPortugues3.flv

http://rapidshare.com/files/408434737/EnemPortugues4.flv

http://rapidshare.com/files/408439267/EnemPortugues5.flv

http://rapidshare.com/files/408440829/EnemPortugues6.flv

http://rapidshare.com/files/408441031/EnemPortugues7.flv

http://rapidshare.com/files/408441353/EnemPortugues8.flv

Química

http://rapidshare.com/files/408463887/EnemQuimica1.flv

http://rapidshare.com/files/408465466/EnemQuimica2.flv

http://rapidshare.com/files/408468482/EnemQuimica3.flv

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

7 DE SETEMBRO, INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Introdução
A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido:Tiradentes. Foi executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência Mineira.

Dia do Fico
Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta idéia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."


O processo de independência
Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembléia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o " cumpra-se ", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.
O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembléia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.
Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou : " Independência ou Morte !". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.



Pós Independência
Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.
Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Srs. Pais e queridos alunos

Fiquem atentos e confiram as novidades do nosso site. Muitos professores e setores da nossa escola já tem blogs pessoais com informações de aulas e outros assuntos interessantes. Acessem e leiam. 
Vocês vão gostar.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

CRISTÃOS, É HORA DE ACORDAR!

Fonte: Jornal Vida Diocesana. Diocese de Oliveira/MG. Edição Nov/Dez 2009.
Consulta na íntegra: http://www.dioceseoliveira.org.br/index.php?item=vd

CLIQUE NA IMAGEM, SALVE O ARQUIVO, IMPRIMA E REPASSE.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ARTIGO MUITO INTERESSANTE. VALE A PENA LER.


PSICANÁLISE, RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE
Cláudio Garcia Capitão, Edmilson dos Santos Tiburcio e Sérgio José de Moura

Psicanálise, religiosidade e espiritualidade: aproximações Psychoanalysis, religiosity and spirituality: approaches

Resumo
A influência da espiritualidade, da religião e religiosidade na melhor recuperação perante as práticas curativas e terapêuticas têm se tornado cada vez mais claro para a ciência. Muitos profissionais da área psiquiatria e psicólogos têm buscado incluir ou considerar a mesma como fator importante na saúde dos indivíduos. O respeito perante a as formas religiosas e de fé começa a ser estabelecido na prática médica diária. A doença permanece como entidade de abrangente impacto, desde a fisiopatologia básica até sua complexa relação social, psíquica e econômica. A espiritualidade, a despeito de seu freqüente paralelo com a religião, historicamente tem sido ponto de satisfação e conforto para momentos diversos da vida, bem como motivo de discórdia, fanatismo e violentos confrontos. Compreender todos esses vários aspectos se torna importante para considerar e diferenciar a prática saudável da espiritualidade e da religiosidade.
Palavras-chave: Espiritualidade; Psicanálise; Religião; Religiosidade.

Abstract
The influence of spirituality, religion and religiosity in better recovery before the healing practices and therapies have become increasingly clear to science. Many professionals in psychiatry and psychologists have sought to include or consider it as an important factor in the health of individuals. The respect towards the religious forms and faith begins to be established in daily medical practice. The disease remains an entity of comprehensive impact, since the basic pathphysiology its complex relationship to social, psychological and economic. Spirituality, despite its frequent parallel with religion, has historically been a point of satisfaction and comfort for different times of life, as well as a bone of contention, fanaticism and violent clashes. Understand all these various important aspects to consider and differentiate the healthy practice of spirituality and religiosity.
Keywords: Spirituality; Psychoanalysis; Religion; Religiosity.

Ao longo da história, os conceitos de espiritualidade e religiosidade sempre causaram grandes discussões no meio acadêmico e cientifico. Discussão esta que em meados do ano de 2008 e inicio de 2009 tornou-se mais conhecida entre os leigos em geral, pois os meios de comunicação em massa, especialmente revistas, publicaram matérias referindo-se ao tema. Estas revistas abordaram temas relevantes à saúde mental, em que pessoas buscavam a obtenção de ajuda de uma força maior, algo divino, que lhes dessem forças para continuar a viver.
A influência da espiritualidade e da religião na melhor recuperação de pacientes têm se tornado tema de investigação para a ciência.  Psiquiatras e psicólogos desenvolvem pesquisas para verificar se a religiosidade ou a fé em alguma religião exercem influências na recuperação da saúde das pessoas.
A espiritualidade, a despeito de seu freqüente imbricar com a religião, historicamente tem sido ponto de satisfação e conforto para momentos diversos da vida, bem como motivo de discórdia, fanatismo e violentos confrontos. Compreender esses aspectos torna-se importante para poder diferenciar entre a prática saudável da espiritualidade e da religiosidade, pois os profissionais da área de saúde, muitas vezes por não conseguir diferenciar tais aspectos, acabam por desconsiderar algo que pode influenciar de forma contundente os diversos tratamentos.
A Religião tem sido definida de modo distinto de sua origem etimológica (Religare, de religar), sendo mais a palavra utilizada no sentido de se denominar um sistema determinado de representação de crenças e dogmas pelo qual uma pessoa busca modelar sua existência, compartilhando crenças e doutrinas institucionais. Por sua vez, a religiosidade ou espiritualidade poder ser definida como a relação mantida por um dado indivíduo perante o Absoluto e o Sagrado, de modo singular e pessoal. (Genaro Junior, 2008).
Dessa forma, pode-se afirmar que nem sempre a religião de alguém reporta realmente a um sentido espiritual. Richardson (1999) alerta que a leitura do analista de conteúdo não é apenas uma leitura ao pé da letra, mas um trabalho em nível mais aprofundado. Trata-se de obter significados de natureza psicológica, sociológica e histórica.
Ao longo do tempo o conceito de loucura  modificou-se. Na Grécia a loucura era estudada como doença orgânica. Durante a era cristã a loucura foi considerada como possessão relacionada à religiosidade. Os que não praticavam o cristianismo eram facilmente dominados e possuídos pelos demônios, que causavam tempestades no corpo, fazendo surgir às dores e as doenças (Macedo & Jorge, 2002).
No renascimento, por motivos econômicos, o louco foi considerado improdutivo ou criminoso, excluído, por essa razão, da sociedade. A partir da metade do século XVII, criaram-se hospitais e refúgios de internamentos. Esses locais ofereciam alojamentos e alimentação para aqueles que se apresentavam espontaneamente ou para aqueles que eram encaminhados pelas autoridades judiciárias ou reais (Tommasi, 2005).
No final do século XVIII, no Iluminismo, o chamado tratamento moral, proposto por Pinel (1745- 1826), transformou o trabalho como parte do tratamento asilar. Para Pinel o trabalho assegurava e garantia a manutenção da saúde, dos bons costumes e da ordem (Lima, 1999).
No século XIX a percepção da loucura foi acompanhada do reconhecimento de observadores, e passa a ser entendida não como a ruptura com a humanidade, mas algo cuja verdade se esconde no interior da subjetividade humana (Macedo & Jorge, 2000).
  Desde o Iluminismo, os intelectuais livres, de um modo geral, mantiveram uma atitude de desprezo perante qualquer aspecto de religiosidade ou espiritualidade. As experiências místicas, em especial de cunho cristão, eram vistas não raras vezes como manifestações de transtorno psíquico, já que entendiam que por trás de tais experiências haveria vários sinais que demonstrariam a existência de psicopatologias as mais diversas (Gastaud, Souza & cols., 2006).
Isso se mostra bastante patente em livros como O Anticristo (1888/2002), de Friedrich Nietsche, que se utiliza de toda sua eloqüência e paixão para atacar os vários aspectos do Cristianismo, que era por ele considerado uma das piores criações da humanidade, causa da decadência dos melhores valores e instintos europeus (ou humanos). O pensador considerava que o Cristianismo tornava os homens fracos, e que todos os métodos cristãos eram formas de enlouquecer os seres humanos, pois se colocavam contra a natureza e os bons instintos.
Freud (1931/1990)considerava que as questões que atraem as pessoas para a religião, como a imortalidade, o castigo e a vida após a morte, eram puros reflexos da psique mais profunda. Para o autor, a religião era apenas a manifestação remanescente de nosso medo e identificação infantil com nossos pais, uma neurose obsessiva universal. Por essa razão, o desenvolvimento psíquico fatalmente levaria ao afastamento da religião
Porém, segundo Costa (2009), Freud, apesar de toda a sua crítica perante a religião, às vezes, por meio de frases consideradas pelo autor como provenientes de atos falhos, parecia ser um pouco mais favorável para com a mesma. Em Moisés e o Monoteísmo (1939/1990), observa-se a afirmação de que a religião mosaica teria procurado por intermédio da interdição da representação de Deus por imagens, o desenvolvimento mental e o início da valorização da palavra e do pensamento, pois o mesmo não poderia mais ser idolificado ou denominado conforme as qualidades e defeitos humano, o que faria com que as percepções sensoriais e os sentidos fossem colocados em segundo plano.
Apesar de todas essas considerações, muitas vezes Freud preferia até mesmo contrariar sua teoria, a defender a manifestação religiosa. Segundo Costa (2009) isso ocorria devido a seus sentimentos de compaixão perante o diferente, pois compreendia que a Institucionalização da Religião havia provocado boa parte das guerras. Não se pode esquecer que Freud era judeu, e que muito da justificação da perseguição feita ao seu povo era devido a ideologias de cunho religioso.
As coisas começaram a mudar nos Estados Unidos da América, onde Willian James começou a se interessar profundamente pelas experiências místicas e religiosas, e os estados alterados de consciência, pois via neles um caminho para compreender o desenvolvimento pessoal (Fadiman & Frazer, 1986).
Outro pensador da Psicologia que demonstrou interesse e quase fascínio para os fenômenos da Espiritualidade e da Religiosidade foi Carl Gustav Jung (1875 – 1961). Sua obra apresenta os símbolos religiosos com pontos essenciais  para se compreender o desenvolvimento da personalidade e da própria formação psíquica. Considerava a busca religiosa e espiritual um modo interessante de investigação da Psique mais profunda de uma pessoa e do seu grau de maturidade (Fadiman & Frazer, 1986).
A partir da influência de Freud na psiquiatria e na psicologia, e de Stanley Hall na psicologia, os psiquiatras até os anos de 1990 desqualificavam a religião como um todo. Por outro lado, a partir do final do século XX, o interesse das ciências da Saúde modificou-se. Repentinamente pesquisas começaram a buscar provas da importância das práticas religiosas como fator de bem-estar físico e mental, e como poderia auxiliar as pessoas a superar vários problemas psíquicos, inclusive o estresse e a depressão (Koenig, 2006).
Grande parcela da literatura vem apontando que fatores religiosos podem atuar como fonte de resistência no enfrentamento  das doenças. Pesquisas baseadas em Questionários e com certa visão Comportamental Cognitiva sugerem que a religiosidade pode ser algo bastante benéfico para a prevenção da saúde (Gonçalves, 2004).
Mas há de se considerar primeiramente que há uma diferença entre a religiosidade saudável e não saudável. A religiosidade não-patológica é aquela que pode enriquecer o indivíduo com o passar do tempo, além de não prejudicar e corromper a vida da pessoa. É, por assim dizer, a percepção clara e consciente da experiência religiosa, sem que ocorra da perda da noção e crítica da realidade. No entanto, reconhecer os limites da religiosidade patológica da não-patológica não é uma coisa tão simples  (Koenig, 2006).
Vários autores  preferem considerar que a própria busca de sentido tem um caráter religioso, postulando, dessa maneira, como parta da natureza humana a experiência religiosa e espiritual. Outros, por sua vez, preocupam-se mais com seus aspectos culturais e sociais.  Considera-se o fenômeno religioso como contendo gradações distintas de desenvolvimento, da mais primitiva às mais evoluídas, em que as últimas contribuem para a manutenção da saúde ou para a sua recuperação (Genaro Junior, 2008).
A crença insere a pessoa em um conjunto de dogmas e conceitos de representação; enquanto a fé abarca dimensões maiores de envolvimento, impelindo coragem, entrega e confiança perante o novo e desconhecido (Safra, 1999). Em termos winnicottianos, a fé revelaria um real saber adquirido, enquanto a crença estaria mais ligada ao campo do conhecer ou ao contato superficial. Em muitos casos, a busca religiosa é uma maneira de buscar não somente de conseguir alívio, mas também de  organização da personalidade (Genaro Junior, 2008).
O trabalho de Soreio, Colombo e cols. (2008), de base estatística, demonstra que as oscilações entre fraca religiosidade e religiosidade exacerbada são prováveis manifestações de transtornos mentais, especialmente do humor.
Gonçalves (2004), em seu estudo, aponta para a importância da religiosidade na recuperação de pessoas com depressão, que acometem pacientes pós-cirúrgicos de neoplasia mamária. Também denota que a depressão pode ser agravada devido ao fato das pacientes sentirem-se lesadas em relação ao seu corpo e feminilidade.
O Transtorno Depressivo pode ser caracterizado pelas seguintes características sintomáticas: humor deprimido, perda de interesse de prazer, fatigabilidade aumentada e atividade diminuída, concentração e atenção reduzidas, auto-estima e autoconfiança diminuídas, idéias de culpabilidade e sentimento de desvalia, idéias autolesivas, suicídios, sono perturbado e diminuição do apetite, que nos casos mais acentuados transparece tanto na mímica como na sua atitude em geral (Fenichel, 1997).
A religiosidade e o apoio religioso podem, nesses casos, fortalecer a esperança e desenvolver potenciais e capacidades de superação (Peres, Simão & Nazello. Caso contrário, ver-se-ia, pela condição da depressão, apenas a intensificação do sentimento de impotência e temor, além de sentimentos de culpa desenvolvidos pelo indivíduo como formação reativa mortificante (Laplanche & Pontalis, 1999).

Considerações finais:
Buscou-se no presente trabalho abster-se de julgamentos e visões pré - concebidas a respeito da religiosidade e da espiritualidade. A religiosidade deve ser diferenciada da instituição religiosa, ou religião; existe a religiosidade tanto patológica (que provocariam distúrbios, principalmente de ordem psíquica) e a religiosidade não-patológica; os motivos para a prática religiosa podem estar presentes tanto em termos existenciais como mentais. A  maneira como a religiosidade é vivenciada pode contribuir para a recuperação do estado de saúde.
A compreensão do fenômeno da religiosidade deve ocorrer por meios de pesquisas tanto qualitativas como quantitativas, por todos os campos da ciência, além, é claro, dos saberes filosóficos e teológicos. Ao contrário do que se poderia pensar, a religiosidade ainda é algo marcante e presente na vida das pessoas, mesmo na pós-modernidade.
Parafraseando Jung, mesmo que Deus não exista só a nossa crença Nele já faz com que Ele nos influencie. A crença, nesse sentido, mantém e garante a representação religiosa ao longo dos dias. A ciência psicológica lida com os fenômenos que envolvem a natureza objetiva e subjetiva da pessoa. O fenômeno religioso dela faz parte como um belo campo de pesquisa.

Referências:
Amercican Psuchological Asspciatio – APA (2002). Manual de publicação da American Psychological Association. Tradução: Cláudia Domelles. 48 ed. rev. Porto Alegre: ARTMED.
Costa, J. F. (2009). Sobre Psicanálise e Religião. Disponível em: http://jfreirecosta.sites.uol.com.br
Fadiman, J. & Frager, R. (1986). Teorias da Personalidade. São Paulo: Harper & Row.
Fenichel, O. (2005). Teorias Psicanalíticas das Neuroses; Fundamentos e Bases da Doutrina Psicanalítica. São Paulo: Atheneu.
Freud, S. (1931/1990). O Futuro de uma ilusão. Em Obras completas vol. XXI. Rio de Janeiro: Imago.
Fromm, E. (1981) – Análise do Homem. (12ª Edição).(Octavio Alves Velho – Tradução), Rio de Janeiro: ZAHAR EDITORES, 211 p.
Gabbard, G. O. (2007). Principais Modalidades: Psicanalítica/psicodinâmica. In: G. O. Gabbard, J. S. Beck, & J. Holmes, Compendio de Psicoterapia de Oxford (pp. 14-29). Porto Alegre: Artmed.
Genaro Junior, F. (2008). Considerações sobre a constituição do self e da religiosidade na pessoa humana, in: Estudos de Psicologia (Campinas), v.25, n.4. Recuperado em meados de maio de 2009 em: www.scielo.br.
Gonçalves, M. (2004). Religiosidade e Depressão; Perspectivas da Psiquiatria Transcultural. São Paulo: Vetor Editora.
Koenig, H. (2006) Religião, Espiritualidade e Psiquiatria: uma nova era na atenção à saúde mental. Em: Revista de Psiquiatria Clínica. Recuperado em 23 de novembro de 2008, de http://www.scielo.br.
Koenig. H. (2007). Religião, Espiritualidade e Transtornos psicóticos. Em: Revista de psiquiatria Clínica, 34, supl. 1, 95 – 104. Recuperado em 23 de novembro de 2008, de http://www.scielo.br.
Laplanche, J.& Pontalis, J. B. (1999) - Vocabulário de Psicanálise: Iaplanche e Pontalis.(3ª edição) (Pedro Tamen – Tradução). São Paulo: Martins Fontes, 552p.
Mansson,  C., Neves, M. L., & Azevedo, S. (2008). A superação pela fé: como a religião ajuda a aliviar a dor de quem enfrenta tragédias pessoais. (C. M. Alexandre Mansur, Ed.) Época , exemplar de assinante (554), 38-45.
Nietzche, F.W (1888/2002) – O Anticristo: ensaio de uma crítica do cristianismo. (André Díspore Concian – Tradução), 171p.
Peres, J. F. P& Simão, M. J. P & Nasello, A. G. (2007). Espiritualidade, religiosidade e psicoterapia. Em: Revista de Psiquiatria Clínica, 34, supl. 1, 136 – 145. Recuperado em 23 de novembro de 2008, de http://www.scielo.br.
Taylor, D., & Richardson, P. (2007). Abordagem Psicnalítica/Psicodinâmica dos Transtornos Depressivos. Em: G. O. Gabbard, J. S. Beck, & J. Holmes, Compêndio de Psicoterapia de Oxford (pp. 177-191). Porto Alegre: Artmed.
Resende, H. (1990). Políticas de saúde mental no Brasil uma visão histórica. Em: BEZERRA. Cidadania e loucura: Políticas de Saúde Mental no Brasil. 2a ed. Rio de Janeiro: Vozes, 288p.
Richardson, R. J. & Cols. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: Atlas.
Safra, G. (1999). A face estética do Self. Teoria e Clínica. São Paulo: Unimarco.
Soeiro, R. E. ; Colombo, E. S. (2008). Religião e Transtornos mentais em pacientes  internados em hospital geral Universitário, Em: Cadernos de Saúde Publica, v.24, n.4. Rio de Janeiro. Recuperado em 23 de novembro de 2008: www.scielo.br.
Tommasi, S. M. R. (2005). Psicologia e a história da loucura. Em: Tommasi, S.  M.R. Arte-terapia e loucura: uma viagem simbólica com pacientes psiquiátricos. São Paulo: Vetor, (pp.15 - pp.143).

Publicado em 20/07/2010 17:02:00

Cláudio Garcia Capitão, Edmilson dos Santos Tiburcio e Sérgio José de Moura -

Cláudio Garcia Capitão: especialista em Psicologia Clínica e em Hospitalar, Mestre em Psicologia Clínica PUCSP, Doutor pela UNICAMP com Pós-Doutorado em Psicologia Clínica pela PUCSP, Docente da Universidade São Francisco.
Sérgio José de Moura: Psicólogo Clínico de orientação psicanalítica. Atualmente atende adolescentes e adultos em consultório particular. Atua junto aos sindicatos, Sindserv de Ilhabela e Sindicato dos Bancários do Vale do Paraíba e Litoral Norte SP. Psicólogo voluntário nas catástrofes naturais, “Psi-Voluntarios”, sjmoura_psi@hotmail.com.
Edmilson dos Santos Tiburcio: Psicólogo, Membro do Grupo de Estudos em Saúde Mental, membro idealizador da revitalização da Abrapso de Mogi das Cruzes, Integrante do Grupo do Cinemanálise.

Fonte: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=1256