quinta-feira, 19 de março de 2015

Educar com atitude

Precisamos pensar no tipo de educação que temos proporcionado aos mais novos e naquela que idealizamos, que queremos e que, inclusive, cobramos deles. Hoje, vamos refletir sobre como acontecimentos do cotidiano têm interferido na formação de nossos filhos, alunos, netos etc. Como gosto de fazer, vou partir de alguns exemplos da vida real.


Outro dia, presenciei uma cena envolvendo dois motoristas, um deles com uma criança – provavelmente filho – de aproximadamente nove anos. Uma motorista idosa estava com dificuldades para atravessar um cruzamento sem semáforo. Atrás dela, um homem buzinava insistentemente. Alguns segundos foram suficientes para ele perder a paciência e fazer uma manobra brusca para sair de trás do carro da senhora. Não contente, abriu sua janela e vociferou: “Deveria ser proibido velha dirigir!”. O garoto, que estava no banco traseiro, também abriu a janela e gritou palavras desrespeitosas em direção à senhora. As outras situações me foram contadas por mães: a primeira tem um filho de seis anos e a outra, uma filha no último ano do Ensino Médio. As duas ficaram preocupadas com o próprio comportamento depois de ouvirem seus filhos.
O garotinho, que não queria aceitar as ordens da mãe, dirigiu a ela um “palavrão” em alto e bom som. A mãe ficou alguns segundos perplexa e perguntou-lhe com quem ele tinha aprendido aquela expressão. A resposta foi imediata: “Com você e com meu pai”.
No terceiro caso, a filha contou, ao chegar da escola, que havia presenciado uma briga violenta entre colegas em razão da escolha de candidatos nas últimas eleições. A mãe disse que falou a ela sobre respeito, tolerância, diversidade etc., e ouviu da filha: “É, mas, nos seus posts do Facebook, você diz coisas parecidas com as que meu colega disse e que provocaram a briga”.
Já sabemos que, em pleno século 21, não são apenas família e escola que educam: todas as mídias, peças publicitárias, estilos de vida urbana, comportamento no trânsito etc. influenciam fortemente a formação de crianças e jovens que, como sempre, percebem e identificam todas as questões envolvidas em um fato aparentemente simples.
Queremos que nossos filhos cresçam e alcancem a maturidade. No entanto, nem sempre temos sido capazes de controlar nossos comportamentos e de demonstrar o que a vida adulta exige.
Temos, por exemplo, demonstrado dificuldades em administrar nossos impulsos agressivos e narcisistas: temos expressado ideias – por escrito ou oralmente – de modo intempestivo e violento, temos apontado que a história é única e é aquela que sabemos e contamos; que o importante é ganhar sempre, que perder admite qualquer tipo de comportamento; e que falar é sempre mais valioso do que escutar, refletir e reconsiderar, entre outras coisas.
Não somos, nem devemos querer ser, perfeitos para os mais novos. Mas podemos e devemos mostrar maturidade: contenção, reconhecimento e respeito às diferenças, controle na expressão de nossos preconceitos e impulsos de todos os tipos.
Agora é a hora de nos perguntarmos: como queremos que nossos filhos sejam educados? Nossas atitudes é que dirão.
Rosely Sayão – Psicóloga
Texto adaptado.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Cinco pilares para o seu filho desenvolver inteligência emocional


Antes de mais nada, é preciso ter em mente que uma criança emocionalmente saudável não é aquela que não chora, tampouco se frustra ou se irrita, mas aquela que aprimora, constantemente, a compreensão sobre as próprias emoções, como explica o psicólogo Marcelo Mendes, da PUC-Campinas (SP).
A habilidade de reconhecer os próprios sentimentos, compreender os dos outros e saber lidar com eles é o que a psicologia chama de inteligência emocional (QE) – e ela é tão importante quanto o quociente de inteligência (QI), porque confere a serenidade e o discernimento necessários para que as funções cognitivas trabalhem plenamente. Ou seja, de nada adianta seu filho ser um gênio se ele não souber lidar com as críticas, por exemplo. Veja cinco pontos-chave para desenvolver o QE no seu filho:
Vínculos afetivos e efetivos: Até os laços familiares exigem empenho e manutenção para se firmarem. Isso significa estar ao lado, acompanhar (e não apenas cobrar), achar o equilíbrio entre intenso e sereno. Mesmo ao mais ocupado dos pais, não pode faltar o momento de conversar, orientar, pegar na mão, olhar nos olhos e entender as angústias. Isso vai contribuir para que o seu filho se sinta seguro e saiba que pode contar com você.
Autoestima: Dizer constantemente que a criança é a mais linda do mundo não vale muito. Autoestima de verdade tem mais a ver com permitir que ela se sinta segura, arrisque-se mais e confie no próprio potencial, sem depender das opiniões alheias. O elogio é válido desde que seja pertinente. “Em vez de elogiar a capacidade, parabenize o esforço. Assim, a criança será motivada a sempre superar a si mesma.” Isso quer dizer que frases como “Parabéns, você conseguiu terminar a lição” são muito melhores do que “Como você é bom em matemática!”, diz a psicopedagoga Quézia Bombonato, da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).
Resiliência: Está relacionada à capacidade de lidar com problemas e superar obstáculos. Uma revisão de estudos da Universidade da Pensilvânia (EUA) descobriu que equipes escolares preocupadas em ensinar resiliência e otimismo no dia a dia protegem as crianças contra a depressão, aumentam a satisfação com a vida e melhoram a aprendizagem. O exercício dessa habilidade depende da interação com o outro, ao fazer com que a criança entenda que nem sempre tudo vai acontecer como deseja. Às vezes, é preciso esperar, outras, é necessário ceder ou recuar.
Frustrações: Uma boa dose delas dá ao seu filho algo importante: choque de realidade. Não ganhar um brinquedo ou perder um jogo pode fazê-lo sofrer, mas são ótimos ensaios para as situações que precisará enfrentar futuramente, quando se deparar com um “não”. Saiba que ele vai se decepcionar e chorar. Mas também vai aprender. Além de dar a negativa, você precisa fazer com que ele entenda o porquê. Assim, vai adquirir uma consciência crítica e a proibição se traduzirá em aprendizado. E se vier a birra, ofereça apoio e afeto. Verbalize que ele está chorando porque sente raiva ou está decepcionado, mas que tem de lidar com isso.
 Brincadeira (muita!): Toda angústia ou receio que incomoda seu filho e ele não sabe expressar pode ser manifestado de forma espontânea no ato de brincar. É pela diversão, principalmente coletiva, que se desenvolve o senso de competência, de pertencimento, o controle da agressividade e o bem-estar. “O brincar e a arte são formas de expressão que possibilitam elaborar situações do cotidiano, externando sentimentos”, explica Adriana Friedmann, antropóloga e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (SP). Quando uma criança brinca de casinha e se põe no lugar da mãe, tem a chance de refletir sobre as ações e características do imitado. Ao interagir com outras crianças, aprende a respeitar a opinião do outro, descobre que existem regras e que nem sempre tudo será do jeito dela.
Autoras: Adriana Toledo e Andressa Basílio
Fonte: Revista Cresce

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